Em participação no vídeocast “O Futuro Já Começo”, apresentado por Renata Capucci no Fantástico, William Bonner contou um episódio inusitado e desesperador que viveu nos bastidores do Jornal Nacional. Em comemoração ao centenário do Grupo Globo, o jornalista, que está na emissora há 39 anos, descreveu o momento como uma verdadeira história de “terror”.O caso ocorreu na antiga redação-cenário do jornalístico, utilizada entre os anos 2000 e 2017, no Rio de Janeiro. Bonner…
O caso ocorreu na antiga redação-cenário do jornalístico, utilizada entre os anos 2000 e 2017, no Rio de Janeiro. Bonner relatou que o episódio aconteceu em um dia comum de trabalho, logo após o almoço, quando notou uma movimentação atípica entre os colegas de equipe.
“Era uma coisa completamente fora do normal e a primeira coisa que você pensa com gritaria em um estúdio é fogo. Mas não tinha fogo e não tinha fumaça. Depois pensei que fosse um rato, que tinha um rato na redação. E uma colega, Angela Garambone, que era a editora do Jornal Nacional, viu a minha expressão perdida e apontou para um móvel que tinha televisões que mostravam a concorrência e uma tela tinha a Globo RJ e outra a Globo de rede, a nacional”, lembrou.
As telas faziam parte da estrutura interna de acompanhamento do que estava no ar tanto na própria Globo quanto em outros canais. Foi nesse momento que Bonner percebeu o que motivava o alvoroço.
“Olhei no monitor em que se lia ‘Rede’ e não estava legal. Tinham pessoas fazendo sexo, mas fazendo sexo muito explícito. E eram muitas pessoas fazendo muito sexo, muito explícito, no monitor de Rede. A minha reação… Fico arrepiado só de lembrar. Foi de absoluto pânico. Porque, na minha cabeça, pensei: ‘Tenho três filhos e vão fechar a Globo. Acabou. A concessão da Globo vai ser caçada agora. A Globo está transmitindo sexo explícito às 15 horas da tarde'”, contou o apresentador.
Segundo Bonner, o desespero tomou conta da equipe, que não sabia como agir diante das imagens. “Uma porção de gente copulando e fazendo coisas muito estranhas. Algumas, inclusive, não sabia que podiam ser feitas. E olha que eu já não era uma criança… E os gritos, e as risadas”, descreveu.
Na tentativa de entender o que acontecia, Bonner solicitou que ligassem para o setor de programação. “E aí, Selma! O que está passando aí?” A resposta foi que a programação seguia normalmente com uma novela da sessão Vale a Pena Ver de Novo. Intrigado, o jornalista decidiu falar com Samuel Linhares, então gerente de programação da emissora.
“‘O que você está vendo aí na tua frente agora na Globo?’ E ele respondeu: ‘Está maluco, mestre? Estou vendo a novela’. ‘Que novela?’, quis saber. ‘A Vale a Pena Ver de Novo’. Falei: ‘Samuel, descobre o que está acontecendo. Aqui na redação, no monitor da rede, está rolando sexo. Mas sexo pesado, Samuel'”, narrou Bonner.
Minutos depois, a situação foi esclarecida. O gerente retornou com a explicação: “‘Um colega canalizou o sinal do SexHot para o canal de rede da redação, afirmou Samuel Linhares. O SexHot é um canal de conteúdo adulto disponível na TV por assinatura. O erro técnico ficou restrito aos monitores internos da redação e não chegou a ser transmitido ao público.