Trump Consagra Charlie Kirk como Mártir da Liberdade em Memorial

 Num tributo pungente à vida do ativista político Charlie Kirk, o ex-presidente Donald Trump o proclamou um “mártir da liberdade americana” em um serviço memorial realizado no domingo, 21 de setembro de 2025, no State Farm Stadium em Glendale, Arizona. O evento atraiu dezenas de milhares de pessoas, unidas em luto e celebração do legado de Kirk.Trump, visivelmente emocionado, relembrou os momentos em que Kirk o convocava para participar de eventos por todo o país, muitas vezes com pouco… 

Num tributo pungente à vida do ativista político Charlie Kirk, o ex-presidente Donald Trump o proclamou um “mártir da liberdade americana” em um serviço memorial realizado no domingo, 21 de setembro de 2025, no State Farm Stadium em Glendale, Arizona. O evento atraiu dezenas de milhares de pessoas, unidas em luto e celebração do legado de Kirk.

Trump, visivelmente emocionado, relembrou os momentos em que Kirk o convocava para participar de eventos por todo o país, muitas vezes com pouco aviso prévio. “Você nunca queria decepcionar o Charlie,” disse Trump, reconhecendo a dedicação incansável de Kirk à causa conservadora.

Naquele dia, esse evangelista da liberdade americana se tornou imortal. Ele é agora um mártir pela liberdade americana” – declarou Trump, em um momento de grande emoção.

Contudo, o discurso de Trump não se limitou a homenagens. Em um tom combativo, ele criticou os liberais e prometeu intensificar as investigações contra grupos que acusa de incitar a violência. “Eu odeio meus oponentes. E não quero o melhor para eles,” afirmou, contrastando com a postura de Kirk, que, segundo Trump, não nutria ódio por seus adversários.

O ex-presidente também aproveitou a ocasião para reiterar seu plano de enviar forças federais para combater o crime em Chicago, mencionando uma conversa recente com Kirk sobre o assunto. “Vamos ter muito o Charlie em mente quando formos para Chicago,” assegurou.

Um Legado de Fé e Perdão

Momentos antes do discurso de Trump, Erika Kirk, viúva de Charlie, subiu ao palco para um dos momentos mais emocionantes da cerimônia. Em vez de um discurso político, Erika ofereceu uma mensagem de fé e perdão, ecoando os valores cristãos que permeavam a vida de seu marido.

Eu o perdoo. Eu o perdoo porque foi o que Cristo fez e é o que Charlie faria” – disse Erika sobre o assassino de seu marido, demonstrando uma força e compaixão notáveis.

Erika, recém-nomeada CEO da Turning Point USA, organização fundada por Charlie Kirk, reafirmou seu compromisso de continuar o trabalho do marido, expandindo o alcance do movimento conservador em campi universitários e promovendo debates que desafiem a ortodoxia liberal. “Tudo o que a Turning Point USA construiu através da visão e do trabalho duro do Charlie, faremos dez vezes maior pelo poder da sua memória,” prometeu.

Erika Kirk fala durante o serviço memorial para seu marido, o ativista político Charlie Kirk, no State Farm Stadium, em Glendale, Arizona, em 21 de setembro de 2025. Fotógrafo: Win McNamee/Getty Images

Kirk, que faleceu aos 31 anos em 10 de setembro, durante um debate em uma universidade de Utah, deixou um legado de ativismo e influência no cenário político americano. Desde sua ascensão como ativista adolescente até se tornar um influenciador conservador e porta-voz da juventude MAGA, Kirk dedicou sua vida a combater a ideologia liberal nos campi universitários e impulsionar o conservadorismo. A Turning Point USA, sua criação, tornou-se uma das redes de lobby conservadoras mais poderosas do país, com um faturamento de quase US$ 85 milhões no ano passado e presença em mais de 3.300 campi universitários e de ensino médio, de acordo com seu relatório fiscal de 2024.

Uma imagem exibida do local onde Charlie Kirk foi morto, durante o memorial no State Farm Stadium, em Glendale, Arizona, em 21 de setembro de 2025. Fotógrafo: Joe Raedle/Getty Images

Além de seu ativismo, Kirk foi um defensor incansável de Trump, mesmo após a derrota eleitoral de 2020, desempenhando um papel crucial na articulação do retorno do ex-presidente ao poder e na orientação de políticas e nomeações. Seus esforços para mobilizar eleitores jovens contribuíram para melhorar o desempenho de Trump entre esse grupo demográfico e reconquistar o Arizona para os republicanos em 2024.

Nos dias que se seguiram à morte de Kirk, Trump e líderes republicanos criticaram a retórica de esquerda, responsabilizando-a por fomentar a violência e pressionando a Walt Disney Co. a afastar o comediante Jimmy Kimmel por comentários críticos a Kirk. A administração também iniciou investigações contra grupos de esquerda, com risco de perda do status de isenção fiscal.

Erika Kirk, em seu discurso emocionado, exaltou a Primeira Emenda como “a emenda mais humana,” defendendo o direito à livre expressão e à crença como pilares fundamentais da sociedade americana.