O impacto das tarifas adicionais de 40% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros pode resultar na perda de 65 mil empregos no Brasil até dezembro de 2026. A estimativa foi divulgada pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (12/06/2025), após análise detalhada no boletim macrofiscal, que projeta o crescimento do PIB, inflação e o desempenho do setor externo.Inicialmente, a previsão era de um impacto ainda maior, com a eliminação de 138 mil postos de trabalho. No…
O impacto das tarifas adicionais de 40% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros pode resultar na perda de 65 mil empregos no Brasil até dezembro de 2026. A estimativa foi divulgada pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (12/06/2025), após análise detalhada no boletim macrofiscal, que projeta o crescimento do PIB, inflação e o desempenho do setor externo.
Inicialmente, a previsão era de um impacto ainda maior, com a eliminação de 138 mil postos de trabalho. No entanto, o governo federal lançou o plano “Brasil Soberano”, um pacote de medidas de socorro para os exportadores, que inclui linhas de crédito facilitadas, incentivos à manutenção de empregos e aumento das compras governamentais. A expectativa é que essas ações reduzam as perdas pela metade.
A simulação da Fazenda indica que cerca de 40% das exportações brasileiras para os EUA serão afetadas pelas tarifas. Os setores mais vulneráveis são:
Setores Críticos Ameaçados
- Cimento e minerais não metálicos
- Máquinas, eletrônicos e móveis
- Produtos de metal
- Químicos e farmacêuticos
- Madeira e papel
- Metalurgia
- Têxteis e vestuário
Apesar do cenário desafiador, o estudo da Fazenda aponta que os impactos sobre a economia e a inflação devem ser controlados, com uma leve redução de 0,1 ponto percentual no crescimento do PIB e sem grandes alterações no IPCA.
“Impactos setoriais relevantes, mas efeitos macroeconômicos mitigados pela política pública, preservando cadeias produtivas e incentivando a diversificação exportadora” – informou a Fazenda em seu relatório.
O governo espera que o plano “Brasil Soberano” não apenas minimize as perdas de empregos, mas também estimule a busca por novos mercados e a modernização da indústria nacional, preparando o país para enfrentar os desafios do comércio internacional.
