Na quarta-feira, Hong Kong sentiu a fúria do super tufão Ragasa, o mais poderoso ciclone tropical do ano. A cidade parou, com mais de 700 voos cancelados e um alerta geral para que todos permanecessem em suas casas. As ruas desertas contrastavam com as ondas gigantes que castigavam a costa, em um cenário que lembrava um filme apocalíptico.Com ventos que atingiram a impressionante marca de 200 km/h, o Ragasa passou a cerca de 100 km ao sul do centro financeiro, testando a resiliência da…
Na quarta-feira, Hong Kong sentiu a fúria do super tufão Ragasa, o mais poderoso ciclone tropical do ano. A cidade parou, com mais de 700 voos cancelados e um alerta geral para que todos permanecessem em suas casas. As ruas desertas contrastavam com as ondas gigantes que castigavam a costa, em um cenário que lembrava um filme apocalíptico.
Com ventos que atingiram a impressionante marca de 200 km/h, o Ragasa passou a cerca de 100 km ao sul do centro financeiro, testando a resiliência da metrópole. A expectativa é que o tufão mantenha sua força ao se aproximar da província chinesa de Guangdong, lar de mais de 125 milhões de pessoas, onde deve tocar o solo ainda nesta quarta-feira.
Antes de chegar a Hong Kong, o Ragasa já havia deixado sua marca no norte das Filipinas e em Taiwan. A aproximação do tufão gerou um verdadeiro pânico nos supermercados, com longas filas e prateleiras vazias. As pessoas estocavam alimentos e itens essenciais, temendo que o comércio fechasse por até dois dias.
Em meio à crescente apreensão, muitos moradores reforçaram suas janelas com fitas adesivas, na esperança de minimizar os riscos de estilhaços em caso de quebra. O governo de Hong Kong elevou o sinal de alerta para o nível 10, o mais alto da escala, determinando o fechamento de empresas e a suspensão dos serviços de transporte público.
Medidas preventivas e alertas
As autoridades emitiram um alerta de tempestade, prevendo a continuidade das fortes chuvas e o risco de inundações em diversas áreas. Também alertaram para a possibilidade de elevação do nível do mar, com níveis comparáveis aos observados durante os tufões Hato, em 2017, e Mangkhut, em 2018, que causaram prejuízos bilionários.
O governo informou que abriu 49 abrigos temporários em diferentes distritos, acolhendo mais de 700 pessoas que buscavam refúgio. Apesar da severidade da situação, a Bolsa de Valores de Hong Kong optou por manter suas operações, após uma mudança na política que permite a continuidade das negociações independentemente das condições climáticas.
Na província de Guangdong, as autoridades locais já evacuaram mais de 770 mil pessoas como medida preventiva, segundo informações da emissora estatal CCTV. Em Macau, outro importante centro de jogos de azar próximo a Hong Kong, o sinal de alerta também atingiu o nível 10, demonstrando a gravidade da ameaça representada pelo super tufão.
