A tensão política escalou no Congresso, levando o Senado a adotar sessões remotas a partir desta quinta-feira, 7. A decisão, anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), visa assegurar a continuidade dos trabalhos legislativos em meio a um cenário de crescente obstrução por parte da oposição.A medida foi uma resposta direta à ocupação do Senado por congressistas descontentes com a recente ordem de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),…
A tensão política escalou no Congresso, levando o Senado a adotar sessões remotas a partir desta quinta-feira, 7. A decisão, anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), visa assegurar a continuidade dos trabalhos legislativos em meio a um cenário de crescente obstrução por parte da oposição.
A medida foi uma resposta direta à ocupação do Senado por congressistas descontentes com a recente ordem de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A oposição também protesta contra as medidas cautelares impostas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES), igualmente assinadas por Moraes.
“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado”, declarou Alcolumbre em nota, demonstrando firmeza diante das pressões. Ele reiterou que o Parlamento não pode se tornar refém de manobras que visem paralisar suas atividades. A atitude do presidente do Senado demonstra uma postura de centro-direita, visando a estabilidade institucional em meio ao turbilhão político.
Os oposicionistas exigem que o Senado dê andamento aos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, que é relator dos casos que motivaram a insatisfação. No entanto, Alcolumbre tem se mantido cauteloso, evitando declarações que indiquem uma possível análise dos pedidos. Sua prioridade, segundo ele, é garantir que o Senado continue a pautar matérias de interesse da população, mantendo o foco nas prioridades legislativas.
Em outra nota, o presidente do Senado criticou a ocupação da mesa diretora por parlamentares, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, classificando a ação como um “exercício arbitrário das próprias razões, algo inusitado e alheio aos princípios democráticos”.
A decisão de Alcolumbre de realizar sessões remotas é uma tentativa de mitigar o impacto da obstrução e assegurar que o Senado continue a cumprir seu papel na apreciação de matérias importantes para o país. Resta saber se a medida será suficiente para acalmar os ânimos e restabelecer a normalidade no funcionamento da Casa.