Uma mudança na regra do futebol em 1925 transformou drasticamente o esporte, aumentando o número de gols e alterando as formações táticas.Antes da mudança, a regra do impedimento exigia que houvesse três defensores entre o atacante e o gol, o que favorecia sistemas defensivos rígidos. A alteração visava tornar o jogo mais dinâmico e ofensivo.Para testar possíveis soluções, a IFAB (International Football Association Board) organizou um jogo experimental em 30 de março de 1925, no…
Uma mudança na regra do futebol em 1925 transformou drasticamente o esporte, aumentando o número de gols e alterando as formações táticas.
Antes da mudança, a regra do impedimento exigia que houvesse três defensores entre o atacante e o gol, o que favorecia sistemas defensivos rígidos. A alteração visava tornar o jogo mais dinâmico e ofensivo.
Para testar possíveis soluções, a IFAB (International Football Association Board) organizou um jogo experimental em 30 de março de 1925, no estádio de Highbury, em Londres, avaliando propostas para reduzir o número de defensores necessários para validar a posição legal do atacante.
A mudança teve um impacto imediato na temporada seguinte. A média de gols por jogo na liga inglesa saltou de 2,58 para 3,69, transformando o comportamento das equipes em campo e exigindo novas estratégias.
O técnico Herbert Chapman, do Arsenal, respondeu a esta mudança desenvolvendo o sistema WM (3-2-2-3), que reorganizou o time para explorar os espaços criados pela nova interpretação da regra. Essa formação se espalhou pela Europa e influenciou diversas gerações de treinadores.
No Brasil, em 1951, o técnico Martim Francisco, do América-MG, criou a figura do quarto-zagueiro como resposta à vulnerabilidade defensiva deixada pelo sistema WM. Essa adaptação foi incorporada às escolas táticas sul-americanas.
Durante excursões à Argentina em 1941, Flávio Costa (Flamengo) e Ondino Vieira (Fluminense) observaram o avanço tático dos rivais e, em resposta, recuaram um dos meias laterais para formar um terceiro zagueiro, criando o chamado sistema diagonal, também apelidado de WM torto.
A figura do quarto zagueiro se efetivou mesmo na Copa do Mundo de 1958. O técnico Vicente Feola, inspirado no húngaro Béla Guttmman, formalizou o recuo de um jogador para a posição, ao escalar Orlando Peçanha ao lado do zagueiro central, Bellini. Coincidência ou não, a equipe se tornou mais equilibrada e se sagrou campeã mundial com Pelé e Garrincha.
*Reportagem produzida com auxílio de IA