Na quarta-feira, 27 de agosto de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou mais uma fase da Operação Predatorius II, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre um esquema de fraudes em precatórios judiciais que envolve a Caixa Econômica Federal. A operação se concentra em irregularidades que abrangem tanto o Distrito Federal quanto São Paulo, buscando desmantelar um grupo criminoso que utilizava métodos sofisticados para desviar recursos públicos.Durante a operação, foram…
Na quarta-feira, 27 de agosto de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou mais uma fase da Operação Predatorius II, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre um esquema de fraudes em precatórios judiciais que envolve a Caixa Econômica Federal. A operação se concentra em irregularidades que abrangem tanto o Distrito Federal quanto São Paulo, buscando desmantelar um grupo criminoso que utilizava métodos sofisticados para desviar recursos públicos.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 57 milhões dos bens dos investigados, um montante que representa o tamanho do prejuízo causado pelas fraudes. O esquema criminoso consistia na utilização de procurações públicas falsas, meticulosamente registradas em cartórios, para realizar saques indevidos de valores referentes a precatórios.
A descoberta do esquema fraudulento foi possível graças a uma comunicação feita pela área de segurança da Caixa. Em 2024, um advogado e um cúmplice foram presos em flagrante ao tentarem sacar os R$ 57 milhões utilizando uma dessas procurações falsificadas. A ação rápida da segurança da Caixa e a subsequente investigação da PF foram cruciais para identificar e desarticular o grupo criminoso.
Na semana anterior, outra operação da PF teve como alvo uma quadrilha especializada em empréstimos fraudulentos e fraudes em programas sociais. Essa quadrilha causou um prejuízo estimado de R$ 110 milhões ao sistema financeiro nacional, utilizando 330 empresas de fachada registradas em endereços reais para dar ares de legalidade às suas operações.
Investigação Envolve Funcionários da Caixa e Bancos Privados
As investigações da Polícia Federal apontam para o envolvimento de seis funcionários da Caixa Econômica Federal e quatro de bancos privados, cujos nomes não foram divulgados. A suspeita é que esses funcionários facilitavam a ação dos criminosos, seja fornecendo informações privilegiadas, seja negligenciando os procedimentos de segurança. Em resposta às investigações, a Caixa Econômica Federal emitiu uma nota oficial, garantindo que está colaborando plenamente com as autoridades:
“Atuamos para identificar fraudes e colaboramos com as autoridades policiais.” – afirmou a Caixa em nota.
