A rejeição unânime da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, provocou fortes críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A proposta, que visava proteger parlamentares de processos criminais sem autorização do Congresso, foi arquivada após passar pela Câmara dos Deputados na semana anterior.Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro expressou sua…
A rejeição unânime da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, provocou fortes críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A proposta, que visava proteger parlamentares de processos criminais sem autorização do Congresso, foi arquivada após passar pela Câmara dos Deputados na semana anterior.
Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro expressou sua indignação, afirmando que a decisão enterrou a tentativa de criar garantias de proteção aos parlamentares. Ele argumenta que a PEC buscava estabelecer mecanismos contra um suposto “regime de exceção implementado por um Judiciário corrupto e aparelhado”.
“A PEC que o Senado enterrou tentava criar mecanismos de proteção contra o regime de exceção implementado por um Judiciário corrupto e aparelhado. Blindagem já existe, para os corruptos comparsas e cúmplices dos agentes do regime que estão no Judiciário” – escreveu o parlamentar em sua conta pessoal.
Bolsonaro também acusou o sistema judiciário de perseguir seletivamente opositores ao governo, alegando que parlamentares que ousam pensar diferente dos dogmas da extrema esquerda no poder são os únicos a enfrentar a cadeia. Ele contrastou essa situação com a suposta blindagem desfrutada por parlamentares corruptos que contam com a conivência de seus “comparsas no poder”.
Votos contrários na base bolsonarista
Surpreendentemente, a PEC da Blindagem não encontrou apoio nem mesmo entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo. O ex-ministro Rogério Marinho, que também integra a CCJ, votou contra a proposta, justificando sua decisão com a preocupação de que a medida pudesse ser excessiva, comparando-a a um medicamento administrado em dose errada que se torna veneno. Marinho questionou especificamente a adoção do voto secreto para autorizar processos contra parlamentares.
O deputado federal, atualmente nos Estados Unidos, também responsabilizou governadores e senadores pela derrota da PEC, acusando-os de serem “serviçais complacentes dos tiranos” por terem impedido a criação de garantias mínimas contra o que ele chama de “regime de exceção”.
Em suas críticas, Eduardo Bolsonaro também acusou os representantes de estarem desconectados do povo, excessivamente influenciados pela mídia e impressionados com manifestações artísticas. Ele lamentou que, em sua visão, eles tenham optado por manter os poderes ilimitados da burocracia não eleita, por puro medo politiqueiro.
A derrota da PEC da Blindagem no Senado reacende o debate sobre a imunidade parlamentar e os limites da atuação do Judiciário, expondo divergências mesmo dentro da base de apoio ao ex-presidente Bolsonaro e gerando críticas contundentes por parte de seus aliados mais ferrenhos.