Em depoimento na CPMI do INSS nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, em Brasília, o ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, foi enfático ao negar qualquer envolvimento com irregularidades. “Eu nunca pedi dinheiro para bandido. Sou diferente”, declarou, marcando o tom de sua defesa.O foco central das perguntas recaiu sobre a relação de Onyx com o empresário Felipe Macedo Gomes, ligado à entidade Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), que está sob investigação….
Em depoimento na CPMI do INSS nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, em Brasília, o ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, foi enfático ao negar qualquer envolvimento com irregularidades. “Eu nunca pedi dinheiro para bandido. Sou diferente”, declarou, marcando o tom de sua defesa.
O foco central das perguntas recaiu sobre a relação de Onyx com o empresário Felipe Macedo Gomes, ligado à entidade Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), que está sob investigação. Segundo a Polícia Federal, Gomes teria doado R$ 60 mil para a campanha de Onyx ao governo do Rio Grande do Sul em 2022.
O ex-ministro, porém, alega desconhecer o doador.
“Dos meus 115 doadores, não conheço mais de 30%. Nunca vi esse cidadão” – afirmou Onyx Lorenzoni.
A convocação de Onyx Lorenzoni para a CPMI partiu de parlamentares como Rogério Correia (PT-MG), Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Leila Barros (PDT-DF), descritos por ele como adversários políticos. O objetivo seria esclarecer sua atuação à frente do Ministério do Trabalho e Previdência entre julho de 2021 e março de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A comissão investiga fraudes em descontos irregulares nas contas de aposentados e pensionistas em todo o país. Durante a gestão de Onyx, o INSS firmou Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com entidades como a ABCB. A Polícia Federal aponta que essas parcerias abriram brechas para a inclusão de serviços e mensalidades sem autorização dos beneficiários.
Investigadores também afirmam que mudanças implementadas no período enfraqueceram sindicatos tradicionais e favoreceram organizações assistenciais que seriam fachadas para golpes. O caso segue em apuração, e as alegações de Onyx serão confrontadas com as evidências coletadas pela CPMI.