Novas regras do Pix: BC quer mais tempo para barrar transações suspeitas

 Em mais uma medida para fortalecer a segurança do Pix e proteger os usuários de fraudes, o Banco Central (BC) está planejando aumentar o tempo de bloqueio para transações de valores elevados. A ideia é que os bancos tenham mais tempo para analisar essas operações e identificar possíveis atividades ilícitas.Atualmente, as instituições financeiras podem reter uma transação por até uma hora, dependendo do perfil do cliente e do valor da operação. Com a mudança proposta, esse… 

Em mais uma medida para fortalecer a segurança do Pix e proteger os usuários de fraudes, o Banco Central (BC) está planejando aumentar o tempo de bloqueio para transações de valores elevados. A ideia é que os bancos tenham mais tempo para analisar essas operações e identificar possíveis atividades ilícitas.

Atualmente, as instituições financeiras podem reter uma transação por até uma hora, dependendo do perfil do cliente e do valor da operação. Com a mudança proposta, esse prazo seria estendido, permitindo uma análise mais aprofundada da origem do dinheiro.

Ainda não foram definidos os valores exatos que seriam afetados pela nova regra, nem o tempo adicional de análise. No entanto, a expectativa é que a medida ajude a coibir o uso do Pix para lavagem de dinheiro e outras atividades criminosas.

Força-tarefa por mais segurança

Essa iniciativa faz parte de um conjunto de medidas que o BC tem implementado para aumentar a segurança do sistema de pagamentos brasileiro. Recentemente, foi criado um limite de R$15 mil para transferências via Pix e TED para fintechs não autorizadas e para aquelas que se conectam ao sistema financeiro via PSTIs.

Essa medida impedirá repasses vultosos em uma única transação, como nos casos dos ataques deste ano, que movimentaram centenas de milhões de reais.” – afirmou Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central.

O objetivo é dificultar a ação de criminosos que tentam realizar diversas operações de alto valor simultaneamente. Segundo Galípolo, essa limitação não afetará a grande maioria das transferências realizadas por empresas, atingindo apenas uma pequena parcela das contas existentes no sistema financeiro.

Com essas medidas, o Banco Central busca garantir a segurança e a confiabilidade do Pix, um sistema de pagamentos que se tornou muito popular no Brasil, mas que também tem sido alvo de criminosos.