O julgamento do “núcleo crucial” da suposta trama golpista no Brasil ganhou contornos dramáticos com uma troca de acusações entre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o senador Espiridião Amin. Moraes questionou a validade de relatórios utilizados em manifestações públicas, enquanto Amin reagiu acusando o ministro de tentar desqualificar provas.No centro da discórdia está um documento que, segundo Moraes, foi “pedido pelo senador Espiridião Amin, aliado político de Bolsonaro”.
O julgamento do “núcleo crucial” da suposta trama golpista no Brasil ganhou contornos dramáticos com uma troca de acusações entre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o senador Espiridião Amin. Moraes questionou a validade de relatórios utilizados em manifestações públicas, enquanto Amin reagiu acusando o ministro de tentar desqualificar provas.
No centro da discórdia está um documento que, segundo Moraes, foi “pedido pelo senador Espiridião Amin, aliado político de Bolsonaro“. O ministro afirmou que os relatórios em questão não eram laudos periciais, mas sim pareceres opinativos com recomendações. Essa declaração foi feita durante a análise da participação do ex-ministro Anderson Torres em transmissões ao lado de Bolsonaro, onde teses sobre a vulnerabilidade das urnas foram defendidas sem, segundo Moraes, base em pareceres técnicos.
A reação de Amin foi imediata e contundente. O senador rebateu a versão de Moraes, acusando-o de tentar desqualificar provas que constam nos autos. “Este documento é da Polícia Federal, de três peritos criminais, e foi entregue ao TSE a pedido do TSE”, defendeu-se Amin. Ele explicou que obteve o documento em 2021, durante uma sessão de debate temático.
O Confronto no Depoimento Judicial
Amin também alegou que, em depoimento judicial, Moraes o teria interrompido ao tentar ler o relatório. “Tudo que contrariar a narrativa, tira fora”, acusou o senador, sugerindo uma tentativa de suprimir informações que não se alinham com uma determinada versão dos fatos. Amin concluiu que era seu dever compartilhar os documentos com a imprensa, desafiando os jornalistas a verificarem a veracidade de suas declarações.
A troca de acusações entre Moraes e Amin adiciona mais um capítulo à polêmica em torno da segurança das urnas eletrônicas e da lisura do processo eleitoral brasileiro. O debate, longe de ser encerrado, promete continuar a render discussões acaloradas e a alimentar as tensões políticas no país.
