No encerramento do 17° Encontro Nacional do PT em Brasília, a primeira-dama Janja da Silva chamou a atenção ao usar um keffiyeh, um lenço árabe que simboliza apoio político à Palestina. O acessório, frequentemente visto em manifestações contra as ações militares de Israel na Faixa de Gaza e a favor do fim do Estado judeu, gerou debates acalorados sobre a posição do governo brasileiro em relação ao conflito.O keffiyeh, também conhecido como kufyia, é um lenço preto e branco…
No encerramento do 17° Encontro Nacional do PT em Brasília, a primeira-dama Janja da Silva chamou a atenção ao usar um keffiyeh, um lenço árabe que simboliza apoio político à Palestina. O acessório, frequentemente visto em manifestações contra as ações militares de Israel na Faixa de Gaza e a favor do fim do Estado judeu, gerou debates acalorados sobre a posição do governo brasileiro em relação ao conflito.
O keffiyeh, também conhecido como kufyia, é um lenço preto e branco com raízes profundas nas comunidades árabes, remontando a séculos. No entanto, ao longo do último século, o acessório ganhou um significado político importante, sendo adotado por diversos grupos como símbolo de resistência e solidariedade com a causa palestina. Atualmente, o lenço é frequentemente associado a grupos como o Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica.
O evento, que também marcou a posse do novo Diretório Nacional do PT com a chegada de Edinho Silva à presidência, contou com a presença do presidente Lula, que também já utilizou o keffiyeh em outras ocasiões.
O Keffiyeh e a Política Brasileira
Não é a primeira vez que figuras importantes do governo brasileiro utilizam o keffiyeh em eventos públicos. Em junho, durante uma viagem a Paris, Lula recebeu o lenço de militantes pró-Palestina, um gesto que reforçou a identificação de seus apoiadores com a causa. Em agosto do ano passado, durante uma visita a Santa Catarina, o presidente também vestiu um keffiyeh com a frase “Jerusalém é nossa. Nós estamos chegando”, em árabe, uma declaração utilizada pelo grupo terrorista Hamas e vista como um pedido pela extinção do Estado israelense.
Em fevereiro deste ano, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, também foi vista usando um keffiyeh presenteado por Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino-Palestino, descrito como antissemita. Na ocasião, a cerimonialista do evento descreveu o lenço como um símbolo da resistência dos nossos irmãos palestinos.