Furtos de energia crescem no Rio e Macaé está entre os municípios com mais casos

 Macaé aparece entre as oito cidades com maior número de casos de furto de energia elétrica no estado do Rio de Janeiro. Os dados, divulgados pela Enel Distribuição Rio, mostram que 8,22% das unidades atendidas pela concessionária no município apresentaram algum tipo de ligação irregular entre janeiro e março de 2025.O levantamento indica que Duque de Caxias lidera o ranking com 34,35% de incidência de “gatos”, seguido por São Gonçalo (31,53%). Em terceiro e quarto lugar estão… 

Macaé aparece entre as oito cidades com maior número de casos de furto de energia elétrica no estado do Rio de Janeiro. Os dados, divulgados pela Enel Distribuição Rio, mostram que 8,22% das unidades atendidas pela concessionária no município apresentaram algum tipo de ligação irregular entre janeiro e março de 2025.
O levantamento indica que Duque de Caxias lidera o ranking com 34,35% de incidência de “gatos”, seguido por São Gonçalo (31,53%). Em terceiro e quarto lugar estão Araruama (22,36%) e Cabo Frio (21,47%), ambas na Região dos Lagos, onde o problema cresce de forma alarmante. Angra dos Reis (18,51%) aparece em quinto, enquanto Niterói (17,59%) e Campos dos Goytacazes (14,76%) completam a lista das cidades mais afetadas pela prática ilegal.
Segundo a Enel Rio, somente nas oito cidades com maior volume de ligações clandestinas, a energia desviada nos três primeiros meses do ano seria suficiente para abastecer, durante um ano inteiro, cerca de 870 mil clientes das regiões de Niterói, São Gonçalo, Campos e Macaé.
A concessionária ainda aponta que 59% dos furtos ocorrem em áreas classificadas como de risco, onde as equipes não conseguem realizar inspeções ou manutenções por questões de segurança. Esse cenário se agravou nos últimos 20 anos. Em 2004, essas zonas somavam pouco mais de 700 locais. Hoje, são mais de 4.800 unidades “proibidas”, o que representa um aumento de 541%.
“O avanço desses territórios cria um obstáculo gigantesco para o combate aos gatos. Há locais onde simplesmente não conseguimos entrar”, explicou José Luis Salas, diretor de redes da Enel Rio.
Apesar das dificuldades, a empresa afirma que intensificou as operações neste primeiro trimestre. Foram feitas mais de 50 mil inspeções, com 68 boletins de ocorrência registrados e 42 prisões em flagrante efetuadas durante as fiscalizações.
A prática dos “gatos”, além de representar riscos de curtos-circuitos e incêndios, causa prejuízos ao sistema elétrico, sobrecarrega a rede e afeta a qualidade do fornecimento para os consumidores regulares.