“Jardins filtrantes”. É o novo modelo buscado para a despoluição da Lagoa Imboassica, cartão postal de Macaé. Vejo uma matéria jornalística da Câmara, informando acerca da Frente Parlamentar para a Despoluição da Lagoa de Imboassica, que se reuniu na última quinta-feira (21), para avaliar a implantação dos “Jardins filtrantes” – pequenos lagos com pedras, areia e plantas (por onde o esgoto passa e sai tratado), no Canal do Molambo, onde há mais poluição residencial.Segundo o…
“Jardins filtrantes”. É o novo modelo buscado para a despoluição da Lagoa Imboassica, cartão postal de Macaé. Vejo uma matéria jornalística da Câmara, informando acerca da Frente Parlamentar para a Despoluição da Lagoa de Imboassica, que se reuniu na última quinta-feira (21), para avaliar a implantação dos “Jardins filtrantes” – pequenos lagos com pedras, areia e plantas (por onde o esgoto passa e sai tratado), no Canal do Molambo, onde há mais poluição residencial.
Segundo o release, a obra terá 900 metros quadrados e será construído pelo Nupem/UFRJ, com verba da secretaria de Meio Ambiente (leia-se Prefeitura de Macaé – governo atual) num processo de um a dois anos…
A Lagoa Imboassica já vinha sofrendo despejo de “Esgoto in natura” lançado no meio ambiente sem qualquer tipo de tratamento, há quase 20 anos. Esse efluente, que contém matéria orgânica e outros poluentes, contamina o solo e as fontes de água, causando danos ambientais e riscos à saúde pública.
Em 2010, o município implantou obras de um canal extravasor da Lagoa Imboassica e de instalação de um tronco coletor que transportaria o esgoto sanitário dos bairros São Marcos, Jardim Guanabara e adjacências para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum, que por sua vez despejaria na Lagoa Imboassica o esgoto já tratado.
O certo é que entra governo e sai governo e a Lagoa continua sofrendo por causa do inchamento urbano (crescimento desordenado e desplanejado) do seu entorno.
Nos últimos anos, houve até a contratação da empresa responsável pelo saneamento na cidade, a BRK Ambiental para esse desafio do saneamento básico. Há 15 anos, lembro de ter feito uma matéria pela secretaria de Ambiente acerca de um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta entre o Inea e o Ministério Público, no Rio de Janeiro, o Município de Macaé e a participação de quatro empresas instaladas no perímetro da Lagoa para financiar as obras de despoluição, que certamente não foram para a frente…
O registro é que este foi o primeiro passo para a despoluição da Lagoa Imboassica (corpo hídrico de 3,5 quilômetros quadrados de lâmina d”água), por determinação do prefeito do período, Riverton Ramos e a execução do secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz. De lá para cá, pouco tem sido feito por este cartão-postal de Macaé e por sua beleza natural de importância para o turismo, sendo um local para esportes aquáticos e atrações como o show de águas dançantes. Até quando enfrentaremos esse desafio ambiental de despoluição e preservação da Lagoa Imboassica???
__________________
Lourdes Acosta
Jornalista Profissional
DRT/MTE 911 MA.
Macaé 22/08/2025.
