A polêmica em torno do Banco Master ganha novos contornos com a recente representação do deputado federal Sanderson (PL-RS) à Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso, que já envolve suspeitas de créditos fictícios e operações financeiras nebulosas, agora mira um contrato milionário entre o banco e o escritório de advocacia da esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.O contrato, firmado com o escritório da esposa de Moraes, estipulava um valor mensal de R$ 3,6 milhões,…
A polêmica em torno do Banco Master ganha novos contornos com a recente representação do deputado federal Sanderson (PL-RS) à Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso, que já envolve suspeitas de créditos fictícios e operações financeiras nebulosas, agora mira um contrato milionário entre o banco e o escritório de advocacia da esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O contrato, firmado com o escritório da esposa de Moraes, estipulava um valor mensal de R$ 3,6 milhões, totalizando R$ 129 milhões ao longo de três anos. Segundo a representação, até outubro de 2025, mês anterior à liquidação do Banco Master, o escritório já havia recebido R$ 79 milhões. A proximidade dos responsáveis pelo escritório com autoridades da alta cúpula do Judiciário é um ponto central da investigação.
Conflito de Interesses e Atuação no Banco Master
Sanderson alega que o escopo do contrato incluía atuação direta junto aos órgãos de fiscalização e regulação econômica, levantando questionamentos sobre um possível conflito de interesses, considerando a atuação do ministro Moraes no STF e o fato de seus filhos serem advogados no mesmo escritório. Em seu ofício, o deputado questiona a atuação da banca em ações e queixas-crime envolvendo o banco e seus executivos, inclusive o presidente Daniel Vorcaro, em meio a operações financeiras consideradas problemáticas.
“Apurar os fatos em toda sua extensão é absolutamente necessário, sobretudo por envolver pessoas ligadas à alta autoridade da Suprema Corte brasileira, bem como por envolver valores absolutamente exorbitantes, pagos mensalmente por prestação de serviços jurídicos” – destacou o vice-líder da oposição, Sanderson.
O deputado Sanderson solicitou que a PGR apure se houve atuação do escritório em defesa dos interesses do Banco Master perante órgãos regulatórios, se integrantes da banca participaram de estratégias relacionadas a créditos fictícios ou movimentação de ativos de origem suspeita, eventual tentativa de influência indevida em decisões administrativas ou judiciais que envolveram o banco, e possível violação das leis de lavagem de dinheiro, improbidade administrativa e de crimes contra o sistema financeiro.
O Desfecho do Banco Master
O Banco Master entrou em liquidação após denúncias de créditos fictícios, operações de risco e inconsistências graves em sua contabilidade. A investigação se tornou um dos focos das apurações que miram o sistema financeiro e possíveis conexões políticas e institucionais.
Agora, caberá ao procurador-geral Paulo Gonet decidir se instaurará o procedimento investigatório solicitado. A sociedade aguarda ansiosamente os próximos capítulos dessa história, que pode ter um impacto significativo no cenário político e jurídico do país.
