O Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de anunciar uma resolução que proíbe o uso de anestesia geral e sedação com o propósito de realizar tatuagens. Essa decisão, que impacta diretamente o mundo da estética e tatuagens, busca garantir a segurança dos pacientes, limitando o uso de anestésicos a procedimentos estritamente médicos.A medida, válida a partir de agora, não faz distinção quanto ao tamanho ou localização da tatuagem, permitindo o uso de anestésicos apenas em…
O Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de anunciar uma resolução que proíbe o uso de anestesia geral e sedação com o propósito de realizar tatuagens. Essa decisão, que impacta diretamente o mundo da estética e tatuagens, busca garantir a segurança dos pacientes, limitando o uso de anestésicos a procedimentos estritamente médicos.
A medida, válida a partir de agora, não faz distinção quanto ao tamanho ou localização da tatuagem, permitindo o uso de anestésicos apenas em casos de intervenções reconstrutivas ou de caráter médico. Essa mudança drástica vem em resposta a uma crescente preocupação com a banalização do uso de anestesia em procedimentos estéticos, prática que ganhou notoriedade com a adesão de algumas celebridades.
O que motivou essa decisão?
Um dos casos que gerou grande repercussão foi o falecimento do empresário e influenciador Ricardo Godoi, que, aos 46 anos, morreu após complicações decorrentes de anestesia geral para fazer uma tatuagem. Esse evento trágico reacendeu o debate sobre os limites e riscos da aplicação de anestésicos em contextos não médicos.
Outros famosos, como o cantor Igor Kannário, Rafaella Santos (irmã do jogador Neymar) e MC Cabelinho, também relataram o uso de anestesia e sedação para realizarem grandes tatuagens. Essas práticas, embora aparentemente modernas, carregam riscos significativos.
“Contratei uma equipe médica, fechei uma sala de cirurgia, os médicos disseram que era possível e eu tomei anestesia geral, dormi por 8 horas, fiquei entubado, porque era nas costas. Tatuei as costas toda” – contou MC Cabelinho durante entrevista ao programa Na Piscina com Fê Paes Leme.
É importante entender a diferença entre anestesia geral e sedação. A anestesia geral, realizada em ambiente hospitalar com estrutura e profissionais especializados, requer ventilação mecânica, pois o paciente perde a capacidade de respirar sozinho. Já a sedação, que pode variar em níveis, reduz a percepção da dor e induz o sono, mas permite que o paciente acorde durante o procedimento.
Com a nova resolução, o CFM reafirma seu compromisso com a saúde e segurança da população, restringindo o uso de anestésicos a situações estritamente necessárias, onde os benefícios superam os riscos. Afinal, a busca pela beleza não pode colocar em risco a vida e o bem-estar das pessoas.
