Campos e São João da Barra no ranking estadual de cidades influenciadoras

 Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o estado é um território onde identidade, reputação, cultura e inovação se transformam em diferencial competitivo, com potencial para ser ainda mais desenvolvido e valorizado. E destaca Campos dos Goytacazes e São João da Barra entre as 20 cidades com mais poder de influência no estado.A avaliação está formatada no Mapa Rio Soft Power (ferramenta inédita no país), que mede o poder de… 

Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o estado é um território onde identidade, reputação, cultura e inovação se transformam em diferencial competitivo, com potencial para ser ainda mais desenvolvido e valorizado. E destaca Campos dos Goytacazes e São João da Barra entre as 20 cidades com mais poder de influência no estado.
A avaliação está formatada no Mapa Rio Soft Power (ferramenta inédita no país), que mede o poder de influência e reputação de 20 municípios fluminenses a partir de dados econômicos, culturais, acadêmicos e simbólicos. Os dois municípios do norte fluminense figuram no ranking, por combinarem inovação e desempenho econômico sólido com densidade criativa e capacidade de atrair investimentos e talentos.
Entre as cidades pesquisadas, Campos, com 80 pontos, é uma das sete que atingiram um bom nível de influência, demonstram potencial para levar valores do Rio para o mundo. As demais são Niterói (100 pontos), Rio de Janeiro (92), Nova Friburgo (88), Petrópolis (84), Teresópolis (84) e Angra dos Reis (80).
Na sequência, são constatadas Paraty (76), Vassouras (72), Três Rios (72), Itaguaí (72), Duque de Caxias (72), Paraíba do Sul (64), São João da Barra (60) e Itaperuna (56), cidades cuja reputação já se tornou ativo de valor. A Firjan assinala que o estado do Rio, assim como o Brasil, reúne uma abundância de recursos imateriais e intangíveis que contribuem para uma imagem globalmente reconhecida.
“Mesmo diante de desafios estruturais relacionados à segurança, saúde, educação, infraestrutura e ambiente de negócios, o estado preserva ativos simbólicos que inspiram admiração e despertam interesse internacional”, analisa realçando que a questão central, hoje é reconhecer os atributos e explorá-los de forma estratégica, ampliando seu potencial de geração de valor e retorno econômico.
ESTADO POSSÍVEL – “É um mapa do Rio, que mostra onde estão forças tangíveis e intangíveis do estado. Entender o Soft Power é entender como reputação e identidade também geram desenvolvimento socioeconômico”, explica Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan. Ele resume que o estado do Rio possível é aquele que encara suas limitações com realismo e suas vocações com estratégia.
“Isso significa apostar em um modelo de desenvolvimento que una eficiência na gestão pública, diversificação econômica e valorização dos ativos intangíveis para gerar resultados concretos”, pontua o presidente acentuando: “Trata-se de construir um futuro viável, baseado em parcerias entre governo, empresas e sociedade, capaz de transformar o que o Rio tem de melhor em base sólida de crescimento e influência”.
A Firjan detalha que o Mapa Rio Soft Power foi construído a partir de Produto Interno Bruto (PIB); PIB per capita; Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); densidade empresarial; densidade acadêmica; presença de indústrias criativas; histórico do município com a incorporação do Soft Power em seus produtos e serviços; ativos tangíveis; ativos intangíveis; atores e articulações locais; cruzados com fatores culturais, históricos e identitários.

DADOS COMBINADOS – Analista de Projetos Especiais da Firjan e um dos responsáveis pelo estudo, Oswaldo Neto aponta ainda que as análises combinaram dados quantitativos de bases oficiais, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e se inspira em referências internacionais como o Global Soft Power Index e o Nation Brands Index.

Neto frisa que essas fontes trouxeram para a pesquisa a metodologia e a inspiração de índices mundiais, “permitindo adaptar para a realidade fluminense parâmetros usados na medição do poder de influência de países e cidades no cenário global”. Os eixos Urbano, Meio Ambiente, História e Patrimônio/Conhecimento também expressam as vocações simbólicas e econômicas fluminenses.
Além de Campos e São João da Barra, são destacados no eixo Conhecimento as cidades de Itaperuna, Angra dos Reis e Petrópolis. Segundo o levantamento, todas são territórios onde ensino, tecnologia e inovação impulsionam o desenvolvimento,” em linha com o modelo da China, que transformou educação e pesquisa em instrumentos de poder global”.