Em um movimento que adiciona mais um capítulo à crescente tensão entre Brasil e Estados Unidos, o governo brasileiro vetou a participação dos EUA na reunião “Democracia Sempre”. O encontro, que visa discutir e fortalecer o ambiente democrático global, está marcado para terça-feira, 23 de setembro de 2025, em Nova York, aproveitando a Assembleia Geral da ONU.Organizado em conjunto por Brasil, Espanha, Uruguai, Colômbia e Chile, o evento busca ser um espaço de diálogo sobre a…
Em um movimento que adiciona mais um capítulo à crescente tensão entre Brasil e Estados Unidos, o governo brasileiro vetou a participação dos EUA na reunião “Democracia Sempre”. O encontro, que visa discutir e fortalecer o ambiente democrático global, está marcado para terça-feira, 23 de setembro de 2025, em Nova York, aproveitando a Assembleia Geral da ONU.
Organizado em conjunto por Brasil, Espanha, Uruguai, Colômbia e Chile, o evento busca ser um espaço de diálogo sobre a preservação das instituições democráticas. No ano anterior, a reunião, liderada por Brasil e Espanha, contou com a presença de cerca de 30 nações, incluindo os EUA.
Por que a Exclusão?
Fontes do governo brasileiro, em declarações à Folha de São Paulo, indicaram que o convite foi restrito a países com um histórico democrático sólido. A decisão de não convidar os Estados Unidos reflete uma avaliação de que a presença do governo Trump seria incongruente com o objetivo de combater o extremismo, tema central da discussão.
A tensão entre os dois países tem aumentado, especialmente após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump em julho. A medida foi justificada com base em alegações sobre o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e supostas práticas comerciais desleais.
O presidente Lula reagiu publicamente, criticando a decisão de Washington em um artigo no The New York Times, onde defendeu o multilateralismo e questionou a eficácia de tarifas como solução para disputas comerciais.
A exclusão dos Estados Unidos da reunião “Democracia Sempre” é um claro sinal do momento delicado nas relações bilaterais. Resta saber como esse episódio impactará futuras negociações e a cooperação entre os dois países em outras áreas.
