Em meio ao escândalo Vaza Toga, novas revelações vêm à tona, conectando figuras políticas como Alexandre Frota e Nereu Crispim a um suposto gabinete paralelo. As informações, obtidas com exclusividade pela Revista Oeste, lançam luz sobre a complexa teia de relações e informações que circulavam nos bastidores do poder.As denúncias iniciais, que ganharam notoriedade através de reportagens na Folha de S. Paulo, foram apenas o começo. O material divulgado por Glenn Greenwald e…
Em meio ao escândalo Vaza Toga, novas revelações vêm à tona, conectando figuras políticas como Alexandre Frota e Nereu Crispim a um suposto gabinete paralelo. As informações, obtidas com exclusividade pela Revista Oeste, lançam luz sobre a complexa teia de relações e informações que circulavam nos bastidores do poder.
As denúncias iniciais, que ganharam notoriedade através de reportagens na Folha de S. Paulo, foram apenas o começo. O material divulgado por Glenn Greenwald e Fábio Serapião, conforme registrado pela Oeste, deu o pontapé inicial para o que se revelaria um escândalo de proporções ainda maiores.
Colaboração de Nereu Crispim
O deputado federal Nereu Crispim surge como um dos colaboradores do suposto esquema. Em diversas ocasiões, Crispim teria fornecido informações e “munição” para o gabinete paralelo. Mensagens como “Eduardo, veja o que podemos fazer”, acompanhadas de publicações nas redes sociais, indicam o compartilhamento de material para fins ainda não totalmente esclarecidos.
“Recebi do deputado federal Nereu Crispim” – afirmou Vieira, em uma das mensagens.
O alvo específico do monitoramento não foi identificado, mas a troca de informações levanta sérias questões sobre a utilização de dados e a possível vigilância de indivíduos ou grupos.
O papel de Alexandre Frota
Alexandre Frota, ex-deputado federal, também é apontado como um colaborador do gabinete paralelo. Em 12 de novembro de 2022, Vieira relatou o recebimento de um tuíte do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), enviado por Frota. A postagem criticava a diplomação de membros do PCC, levantando discussões sobre a legitimidade do processo.
“É muito grave a fala desse deputado. Recebi do deputado federal Alexandre Frota. Tem a ver com a diplomação. Acho que o assunto pode ser do TSE.” – disse Vieira, após encaminhar o link no grupo de WhatsApp.
Dois dias depois, enquanto o gabinete paralelo debatia um possível bloqueio das contas do cantor gospel Davi Sacer, Vieira informou ter recebido mais material de Frota. O conteúdo das mensagens não foi divulgado, mas a troca de informações sugere uma colaboração contínua entre o ex-deputado e o suposto esquema.
A apuração de David Ágape e Eli Vieira, publicada no site Public, trouxe à tona novos documentos comprometedores, ampliando o escopo das investigações e levantando ainda mais questionamentos sobre a atuação do gabinete paralelo.
À medida que as investigações avançam, fica evidente a complexidade e a gravidade dos fatos revelados pela Vaza Toga. As conexões entre figuras políticas e o suposto gabinete paralelo levantam sérias questões sobre a utilização de informações, a vigilância de indivíduos e a possível influência nos processos democráticos. O caso continua a gerar debates e a demandar respostas claras e transparentes por parte das autoridades competentes.