A saga da Nvidia e a China ganha um novo capítulo, digno de um filme de espionagem! Em meio às tensões comerciais e tecnológicas entre os Estados Unidos e a China, parece que as restrições impostas por Trump para conter as ambições tecnológicas de Pequim não estão surtindo o efeito desejado. Especulações indicam que, nos três meses seguintes ao endurecimento das regras de exportação, cerca de US$ 1 bilhão em chips de processadores de inteligência artificial (IA) da Nvidia…
A saga da Nvidia e a China ganha um novo capítulo, digno de um filme de espionagem! Em meio às tensões comerciais e tecnológicas entre os Estados Unidos e a China, parece que as restrições impostas por Trump para conter as ambições tecnológicas de Pequim não estão surtindo o efeito desejado. Especulações indicam que, nos três meses seguintes ao endurecimento das regras de exportação, cerca de US$ 1 bilhão em chips de processadores de inteligência artificial (IA) da Nvidia foram parar ilegalmente em território chinês. É como se estivéssemos assistindo a uma corrida de gato e rato em escala global!
O Financial Times, munido de dezenas de contratos de venda, documentos de empresas e fontes ligadas às transações, revelou que o chip B200 da Nvidia tem driblado as restrições e chegado ao mercado chinês. A brecha? A venda não é proibida, desde que devidamente tarifada. Mas, ao que tudo indica, essa etapa estaria sendo ignorada, transformando a operação em um verdadeiro mercado paralelo.
Em maio, distribuidores chineses de peso, localizados em Guangdong, Zhejiang e Anhui, começaram a comercializar os B200 para fornecedores de centros de dados que atendem a grandes grupos chineses de IA. E não parou por aí! Outros processadores restritos, como os H100 e H200, também teriam entrado na dança.
A Nvidia, por sua vez, alega não ter “nenhuma evidência de desvio de qualquer chip de IA” e garante que não há provas de que a empresa esteja envolvida ou ciente da venda de seus produtos restritos para a China.
“Tentar montar centros de dados com produtos contrabandeados é uma proposta perdedora, tanto técnica quanto economicamente” – disse a Nvidia ao FT.
A empresa ainda ressalta que centros de dados precisam de serviço e suporte, que são fornecidos apenas a produtos autorizados da Nvidia.
A estreante no mercado de chips
No meio desse imbróglio, surge uma nova personagem: a empresa “Portão da Era”, sediada em Anhui e fundada em fevereiro, justamente quando as especulações sobre o fim das vendas do chip H20 para a China ganhavam força. Controlada por um grupo de mesmo nome em Xangai, a empresa se destaca como uma das maiores vendedoras de B200.
Os chips chegam aos compradores em racks completos, contendo oito B200, além de outros componentes e softwares essenciais para a conexão direta a um centro de dados. Cada rack, do tamanho de uma mala grande, pesa cerca de 150 kg, incluindo a embalagem.
Especificações do produto e fotos de embalagens analisadas pelo FT indicam que muitos dos racks B200 vendidos pela Portão da Era e outros distribuidores chineses nos últimos meses eram, na verdade, da Supermicro, uma montadora americana especializada em soluções de chips para centros de dados.
A Supermicro, por sua vez, garante que “cumpre todas as exigências de controle de exportação dos EUA na venda e exportação de sistemas GPU” e que não há indícios de seu envolvimento ou conhecimento do contrabando de seus produtos para a China.